terça-feira, 25 de novembro de 2008

Charles Chaplin

Aprendendo a conhecer os caminhos.
Para refletir:

"A persistência é o caminho do êxito."
“O homem é um animal com instintos primários de sobrevivência. Por isso, seu engenho desenvolveu-se primeiro e a alma depois, e o progresso da ciência está bem mais adiantado que seu comportamento ético.”
“Se não consegues entender que o céu deve estar dentro de ti, é inútil buscá-lo acima das nuvens e ao lado das estrelas. Por mais que tenhas errado e erres, para ti haverá sempre esperança, enquanto te envergonhares de teus erros.”
“A beleza é a única coisa preciosa na vida. É difícil encontrá-la mas quem consegue, descobre tudo.”
“Não faças do amanhã o sinónimo de nunca, nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais. Teus passos ficaram. Olhes para trás … mas vá em frente pois há muitos que precisam que chegues para poderem seguir-te.”
"A humanidade não se divide em heróis e tiranos. Suas paixões, boas ou más, foram-lhes dadas pela sociedade, não pela natureza."
“Não preciso de me drogar para ser um génio; não preciso ser um génio para ser humano, mas preciso do seu sorriso para ser feliz.”
"Há uma coisa tão inevitável quanto a morte: a vida."
“Cada pessoa que passa na nossa vida, passa sozinha, porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa pela nossa vida passa sozinha, não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.”
"Uma pessoa pode ter uma infância triste e mesmo assim chegar a ser muito feliz na maturidade. Da mesma forma, pode nascer num berço de ouro e sentir-se enjaulada pelo resto da vida."
"Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegura o ensejo de trabalho, que dê futuro a juventude e segurança à velhice."
"Mais que de máquinas, precisamos de humanidade."

Platão

Deve-se seguir a linha do pensamento, do tempo, da vida, do conhecimento.
Deve-se espelhar no passado, agir no presente e pensar no futuro.
Deve-se seguir a luz...

Frases para refletir:
filosofo Platão.

É possível descobrir mais sobre uma pessoa numa hora de brincadeira do que num ano de conversa.

A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro.

"A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento."

Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.

O cansaço físico, mesmo que suportado forçosamente, não prejudica o corpo, enquanto o conhecimento imposto à força não pode permanecer na alma por muito tempo.

Só os mortos conhecem o fim da guerra.

O homem retrata-se inteiramente na alma; para saber o que é e o que deve fazer, deve olhar-se na inteligência, nessa parte da alma na qual fulge um raio da sabedoria divina.

A democracia... é uma constituição agradável, anárquica e variada, distribuidora de igualdade indiferentemente a iguais e a desiguais.

Aprender é mudar posturas.

Reflita.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Aprendendo a me conhecer.

Sabe o que andei fazendo esse últimos dias?
Não fiquei envolvida com questões políticas, não sou de esquerda, nem direita, até porque hoje em dia não se sabe o que é o que! Também não salvei os golfinhos, as baleias azuis, os tigres siberianos, os mico leões dourados ou qualquer animal que esteja em extinção. Infelizmente não acabei com a fome mundial, por que sinceramente tenho preguiça até de acabar com a minha fome. Não me preocupei com física quântica, guerra nuclear, quebra na bolsa, provas. Não me interessei com sorvete, caminhadas, chocolate, cervejas, vinhos, licores, rosquinhas, bichinhos de pelúcia, bichuinhus de verdade, meninos, homens e alguma outra denominação dadas a eles.
O programa estava chato, os canais ridículos, as festas eu faltei, a música eu não cancei e o meu livro, minhas memórias nem comecei. Namorados? Não, não. Ocupada demais para não fazer nada, para trabalhar, para ler, para tentar estudar, para fazer cafunes nos cachorros, para dar colo as amigas, pra dar banho nos bichinhos, pra discutir questões filosóficas como "o que vestir", para ser insegura, para ser ciumenta, para ser eu, para ter um. Cansada? Não, não. Apenas sonolenta. Sabe o que fiz? Adivinha! Aprendi a viver comigo mesma. E não tem nada a ver com livros de auto ajuda, bom, pensando bem, quem sabe tenha. Não são construtivos, não melhoram minha auto estima, não ajudam em nada, mas de vez enquanto até que são uma boa saída pra passar o tempo com questões filosóficas do tipo "eu não sou assim". Besteira. Apenas tirei um tempo para mim mesma. Um tempo que ainda não teve fim, que ainda é reflexivo. Não falo isso porque estou lendo um livro sobre relacionamentos, sobre obsessão, depressão e sobre os cachorros dos homens, ops, desculpem -me. Bincadeirinha. Então? Ainda não entendeu o que andei fazendo? Me conhecendo. Me cuidando. Aprendendo de que somente eu vou me entender e que há certas coisas que só cabe a mim. Aprendendo a viver, e vivendo bem. Aprendendo a crescer e a virar mulher de verdade, sem esquecer que sou criança, por que é nela que vive a pureza, a inocência e a alegria de estar vivo. Sim. Realmente estou me levando para passear nos parques de diversões da vida, como mãe e filha, adulta e criança, corpo e alma. Paz de espírito.
Angel Fkorb

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Reflexões

Sabe essas filosofias de boteco? Essas que você fala depois de uma certa altura, e que mesmo séria você, por algum motivo, não para de rir? Então, resolvi aprofundar uma dessas. Na realidade, confesso, já havia pensado nesta questão sem ter na cabeça algo além de um ou outro neurônio, ou fio de cabelo. Mas, pare para refletir. Quando nos apaixonamos, nossa, sempre é amor, sempre é conto de fadas e na primeira semana ele realmente é o príncipe encantado. Mas depois isso acaba e pode ser na segunda semana ou na terceira, quarta, quinta... no final todos são sapos, e você não suporta mais saber que ele respira, pior ainda se ele estiver perto de você. Ai tudo acaba. Aqueles planos feitos no primeiro beijo, a essa altura, que doido lembraria? Eu lembraria. Sempre lembro, mas meu sentimento nesse momento não vem ao caso. Como eu ia dizendo... Estava tudo as mil maravilhas e aí acaba. Não dá para guardar só as lembranças boas. Nunca dá. Não mesmo. Às vezes não fica nem as ruins. Dá-se um jeito de apagar tudo. Mas e quando não dá? Você já parou pra pensar no que sobra? (Começando a filosofia de bar) Sempre que terminamos um relacionamento, seja de dois meses, três meses (o meu recorde) ou vinte anos, sempre vamos ter algo a menos dentro de nós, me refiro aos sentimentos, e é esse algo a menos que a próxima pessoa não vai ter. reflita comigo... Mas dessa vez reflita mesmo, sem estar armado na frente deste texto só esperando o final para criticar minha opinião, que aliás, é minha opinião e não precisa ser necessariamente a sua. Vou exemplificar para explicar melhor. Na ultima vez, ele realmente era o príncipe encantado, no meio de tantos sapos. Ela realmente era como nos sonhos, jeito, falas, corpo (não que seja muito importante, mas conta) e até as noites mal dormidas pensando se ele chegou bem em casa que não ficava a mais de dois quilômetros, as noites vendo as estrelas, a lua, deitados na grama de um parque qualquer que fico repentinamente charmoso. Não importa qual fosse a hora, ou melhor, não importava dormir pouco, sair mais cedo da faculdade, entre outras coisas empolgantes. Realmente parecia um sonho, e era sonho que sempre se quis. Até que... Como era de se esperar, o príncipe encantado se cansa da gata borralheira porque ela se tornou ciumenta demais, e porque ele cansou de olhar as estrelas e a lua que ela tanto gosta. E aí acaba, e aquelas noites mal dormidas pra ver a lua, as estrelas agora são afogadas por lágrimas, e suspiros intermináveis no meio da noite. E ver ele no dia seguinte e seguinte, é matar pouco a pouco esse pequeno mundinho que temos dentro do peito e que chamamos de coração. E aí tudo desaba. E aquela sensação de conforto, felicidade e bem estar, vai pro espaço, e se tem a certeza que você não vai mas ser tão idiota pra cair em outra conversa dessas. E é esse o ponto. Não vai mais ter tanta graça ver as estrelas e a lua deitados na grama daquele charmoso parquinho. E isso vai morrer em ti. E sabe aquela súbita vontade de sair correndo e beijar com força a boca antes de dar realmente o tchau? Não vai mais existir como antes, por que você vai pensar, - pode ter sido isso que fez acabar. E aí vai deixar de fazer. E todas aquelas coisas bonitas que você fazia vão deixar de existir. Você vai ter medo de sofrer novamente, e vai morrer aos poucos por isso, vai desistir de ser. E pode ser essa outra pessoa que está na sua frente o seu príncipe encantado, o seu amor verdadeiro, seu chinelo velho, sua outra metade da laranja, da maça, do melão e por que não, da melancia, e você vai perder, vai deixar ele escapar e não vai estar nem aí, por que você sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde, sempre acontece. E você vai perdendo a vontade de gostar de alguém, perde a vontade até de gostar de si mesma, perde o tesão que você sentia pela vida, pelos outros, pelo amor. E vai se magoar, mas agora sabendo que isso ia acontecer. E vai perder cada vez mais em cada relação. Cada vez você vai deixar um pouquinho de bom que existia ir embora, e você pode não notar, mas os outros vão receber isso, e vai se tornar uma bola de neve que vai te consumir e consumir sua vida, seu ânimo. E aí um dia, por acaso, você vai encontrar aquela pessoa que desencadeou aquele processo super bem, por que não feriu a ela, só você sentiu e aí seu mundo cai de novo e você ouve ele falar das suas novas conquistas sexuais e amorosas a uma amiga sua que por coincidência está do seu lado. Uma forte vontade de mandar ela para aqueles lugares te sobe à cabeça, mas você fica muda, com cara de assassino particular esperando para dar o bote, mas você engole, e ele olha e sorri. E não dá mais, você sabe que ele ta fazendo de propósito, e mais uma coisa morre em ti, a dignidade, talvez confiança nos seres humanos, vontade de tentar novamente, simplesmente morre. E um dia, não mais que um dia, você vai topar com alguém muito mais especial, e você vai tratá-lo mal, porque não da mais pra acreditar em amor, porque são todos safados e burros apesar de serem muito espertos e de falarem bem, porque você desistiu de aproveitar, de amar, de curtir, de sonhar e de ver estrelas, e porque ele vai te ouvir, e não vai cansar de ver como você é infantil, e vai achar graça nas suas besteiras, nos seus “pitis”, nas suas criancices e aos poucos você vai magoar ele, e ele vai passar por toda essa maratona que você passou com o senhor perfeito, e vai perder, mais uma vez, e vai seguir sozinha, vai querer atenção, mas não mais qualquer um pra dar atenção. E um dia, quem sabe você encontrará alguém pra te ensinar a gostar de todas essas coisas novamente, e você vai gostar dele, e quem sabe um dia dê certo, e quem sabe exista realmente contos de fadas e você saia desse bar.
Angel Fkorb

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Aniversário da sua ausência

A gente quase completou ano de namoro, quase. Faltou um mês ou um pouquinho mais, não lembro. Mas hoje, sem mais nem menos, completamos um ano de separação. Ano passado essa hora, exatamente a essa hora, eu lembro bem. Eu estava me ocupava em perguntar, de dez em dez segundos, e de dez em dez pessoas, quando é que você iria me ligar e dizer que tinha pensado melhor. Quando? Você nunca ligou, nunquinha. E eu esperei, esperei, esperei tanto tempo, nossa, como eu esperei. Acho que eu nunca esperei tanto nada em toda a minha vida. Outro dia a Myla me perguntou o que você tinha me ensinado. A gente estava conversando sobre os legados que as pessoas deixam em nossas vidas e ela quis saber qual tinha sido o seu. O coiso me ensinou a gostar de MPB e cinema europeu, o outro coiso me ensinou a gostar de sexo e restaurante caro. Teve o coisinho que me ensinou a ser engraçada e jogar frescobol. E você? Que raios me ensinou? Fiquei sem saber na hora, fiquei sem saber o que responder para a Myla. Mas hoje, no nosso aniversário de um ano separados, posso dizer que foi você quem me ensinou a lição mais importante da minha vida: você me ensinou a sofrer. Eu nunca, nunca, tinha sofrido. Nunca. Claro, eu odiava ver meus pais quebrando o pau quando era criança, mas eu lembro que eu, pequenininha, pensava: um dia um príncipe vai me levar para longe dessa casa com gente louca . Eu sofri também na escola, quando para alguém me enxergar eu tinha de promover bizarrices. Mas eu era muito nova para me separar das bizarrices e acabava também chamando a minha atenção: será que eu sou bizarra? Depois, em casa, quando eu dobrava direitinho o uniforme para o dia seguinte e me sentia um papel de parede bege que ninguém entende pra que serve, eu pensava: um dia um príncipe vai me levar pra longe dessa falta de vida, dessa falta de beleza, dessa falta de compreensão, dessa falta de cor, dessa falta de sei lá o que porque eu era novinha demais pra saber o que faltava. Esperar o raio do príncipe sempre disfarçou minha dor, sempre me refugiou dela. Mas quando você, me mandou seguir meu caminho sozinha, fiquei sem saber como fugir da dor. Você era meu príncipe. Depois de tantos amores estranhos, pequenos, errados e tortos, finalmente eu tinha reconhecido no seu olhar centralizado e no seu sorriso espalhado, o meu príncipe. E o meu príncipe estava me dando o fora. Que porra eu ia esperar da vida agora? Quem iria me levar para longe se você não me queria mais por perto? Não teve como. Foi a primeira vez na vida que não consegui me enrolar e acabei deixando a dor vencer. Pela primeira vez a realidade falou mais alto que a fantasia. Pela primeira vez a realidade da sua ausência falou mais alto que a fantasia de anos a sua espera. Sofri pra caralho, como diz por aí quem sofre pra caralho. Mais do que livros cabeças, músicas bacanas, frases inteligentes, lugares descolados ou posições sexuais, você me ensinou o que realmente importa aprender nessa vida: que a vida pode ser uma grande, imensa e gigantesca merda. É, ela pode ser. E que não existe porra de príncipe porra nenhuma. Que nem ninguém e nem nada pode te levar para longe de nada. É isso e pronto. E é assim pra todo mundo. E pronto. Qual o drama? A dor infinita dos dias infinitos que vieram depois do dia em que você se foi pra sempre veio misturada com toda a dor que eu não senti em todos esses anos.A dor do seu pé na bunda trouxe vasos jogados, bitucas eternas de cigarros em longas discussões pesadas, tardes perdidas em odiar o mundo, cabeças viradas, corredores frios, papéis de parede beges e grupinhos festivos e fechados. A nossa dor acabou sendo toda a dor que fazia fila em mim para ser sentida. E já que a porta pra realidade estava aberta, por que não sofrer também pelas criancinhas carentes, os países em guerra, a estupidez humana e a dor das juntas da minha mãe? Por que não sofrer pela condição das favelas, das prisões e da Terra? Por que não temer o aquecimento global, o ácido dos limpadores de vidro na Henrique Schaumann e as frases do Clodovil?A dor da sua partida trouxe toda a dor do mundo. De uma só vez. Mas agora já passa da meia noite. Não é mais nosso aniversário de fim e, pra te falar a verdade, eu já não sofro mais o nosso fim faz tempo. E pra te falar ainda mais a verdade, eu acho mesmo que você foi o príncipe que eu esperei a vida inteira. Você chegou e me levou embora. Levou embora a menina que tinha medo de sentir a vida e esperava uma salvação para tudo. Quem sobrou é essa desconhecida que se conhece muito bem em suas bizarrices, lê jornais todos os dias, substituiu o bege pela cor do verão, tem uns pais gente boa ainda que malucos, adora os poucos e estranhos amigos, não espera mais pelo cavalo branco mas fica ansiosa pelo início da novela e talvez esteja pronta para amar de verdade. Amar um homem e não um príncipe.

Tati Bernardi

Perfeito para muitas situações... A minha, quem sabe.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Para quem não sabe amar...

Por que ainda dói?
Por que o meu peito ainda palpita quando por desgraça te ouço?
Por que minha perna balança e parece ter borboletas no estomago quando sinto teu cheiro? Por que você não me deixa em paz? Por que você ainda me atormenta... me deixa!!!!!!!!! Não quero mais ser essa criança tola, que um dia gostou do teu jeito.
O seu cheiro, sorriso, caminhar. Teu jeito bobo de ver a vida e tua maneira infantil de vivê-la. Teu gosto, abraço, rosto, corpo e cabelo. Tudo o que vivemos. O que fazer com o que sinto. Não tenho formula para te esquecer e quando penso que consegui, bummmmmmmm, você surgi como raio. Então toda aquela quimera de ter deixado de gostar de você some. E eu? Fico como criança perdida em meio aos adultos. Não consigo correr e nem pedir socorro. Tento engolir o choro pra não parecer boba, tola, vulnerável demais. Não adianta. É forte demais. Isso me consome, atormenta, mexe com minha cabeça e por incrível que pareça com o corpo também. E sabe aquela criança? Morre. E em seu lugar surge a fúria. O suficiente para destruir o mundo, e aquietar nos seus braços. Então me pergunto, como fugir? Como esquecer se não tenho coragem de te deletar dos meus arquivos do PC? Se na minha memória você ainda vive? Como deletar algo que existiu, que você gostou e que sem razão aparente acabou? Será que você vale todo esse meu empenho? Não! Cansei de palavras ao vento, sentimentos ao vento. Quero esquecer. Quero você longe de mim, em todos os sentidos. Quero paz de espírito. Quero isso de coração. Aliás, quero um coração novo. Novos sentidos, vida, sentimentos. Quero amar de verdade. Quero alguém só meu. Quero alguém que me mereça. Quero que seja eterno. Quero conto de fadas. Quero amor de verdade, não migalhas de quem não sabe amar.

Angel FKorb

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Vazio

Quantas vezes temos que sofrer para aprender a não sofrer?
Aliás, é possível não sofrer?
Sofri muitas vezes por pessoas que não mereciam, e por não merecerem, mais tarde percebi que não sofri, apenas derramei uma lágrima, boba, sem sentido.
Quando as muitas noites se tornaram vazias, e longas de mais, percebi que nada era comparado aqueles dez minutos de olhos abertos na escuridão do quarto pensando neles.
Quando a dor de cabeça não era mais por cólica, raiva, discussões sem sentidos ou por bater a cabeça sem querer naquela parede que insiste em rodar quando você levanta, descobri que era por chorar... Por você.
Quando todos os outros eram sem sentido, ginga, e tudo ou mais, descobri que tinha percebido isso ou mais em você, e que por serem iguais ou por serem totalmente diferentes, eu não conseguia mais.
As noites ainda são vazias.
As lágrimas... sem sentido. Apenas dor.
O mundo ficou vazio e cheio, e por que não me deixam em paz?
Quero um minuto para mim, para nós, para as lembranças... Já que são as únicas que restaram.
Quero que você se vá, junto com os outros e deixe apenas aquelas lágrima boba e sem sentido.
Hoje quero apenas ficar só dez minutos na escuridão dividido entre todos, e não uma noite única para você.
Cansei de te achar insubstituível, incomum... Você é apenas mais um.
E como mais um, não merece sentimentos de dor, angustia e solidão.
Os que são mais um, merecem apenas uma lembrança idiota, que em momento de solidão se torna apenas uma lágrima boba, sem sentido, não por sua ausência, mas por sua incapacidade.
Quero momentos meus.
Sem dez minutos, sem noites inteiras, quero apenas eu e o vazio de pensamentos...
Não quero nada, não quero você.
Angel FKorb

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Primeira Vez

Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa. Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado. Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo. Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado. Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito. Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo. Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça. Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”. Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo. Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso. Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim. Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você. Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim. E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu....
Tati Bernardi

sábado, 27 de setembro de 2008

É domingo

É chegada a hora do descanso.
Descanso?
Vou descansar arrumando o meu refugio.
Minha alma.
Organizar as lembranças, as saudades, os sentimentos...

Vou voltar a brincar, nem que seja só por hoje...
correr, pular, cantar, gritar, me rolar na grama com meus fieis escudeiros.
Vou ver um filme e chorar (faz parte da limpeza)
Vou comprar um livro (de novo)

Não quero lembrar da faculdade (hoje é domingo)
Mas vou terminar o trabalho que o professor pediu,
dessa vez por prazer e não por prazo a cumprir.

Vou ver as amigas.
Me trancar e ouvir música.
Não to nem aí pra mundo de fora,
vou arrumar o meu.

Relembrar o que é importante,
Me distrair,
Me prender e me deixar livre.

Vou fazer tudo e nada.
Vou me refazer... os passos.

Por que?
Por que hoje é domingo.
Quero mais é curtir... eu mesma.


Angel FKorb

Confusão

As vezes...
As vezes imagino o que há de errado...
Não encontro respostas...
Acredito que elas não existam, mas...
peraí, elas precisam existir.


As vezes me perco no silêncio do meu quarto...
Eu sei que ele sempre estará, ao menos por enquanto.
Ele estará lá...
Eu sei que vai estar...
Então porque não some.


Me deixe no silêncio...
Converse comigo...
Nunca pedi pra me entenderem, então não tente.
Me compreenda, sempre, e me deixe.


Me deixe livre, e me ligue sempre.
Gosto quando você me prende, mas...
Me deixe livre...
Me beije, e nem respire...
Me beije e me inspire.

Me abraça, e vá embora.
Abra a porta do carro sempre.
Deixe de ser romântico...
Quero flores...
Não quero nada apenas me deixe encostar em você.


Vamos caminhar de mãos dadas...
Olhe! A lua...
Escuta! Ainda te amo... Eternamente...
Não sei se gosto de você...
Me esquece...
Não me deixe...


Por favor, não vá...
Fique comigo...
Pra sempre.


Angel Fkorb